terça-feira, 19 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Six Fine_entrevista_[26 de Abril de 2009]



[26 de Abril de 2009]

Porquê um elemento feminino na banda?

Ana Sandim (Voz) - Eu não posso falar disso porque ainda não estava.

Miguel Barradas (vocalista/guitarrista) – Começamos nós os cinco e só depois é que ela veio.

Ricardo Rubisco (baixo) – Nós estávamos os cinco a ensaiar, ensaiávamos no “Baixa a Tola”, na altura e a certa altura, como já conhecíamos mais ou menos a voz da Ana, porque ela estudava connosco e fazia parte da tuna feminina. Foi a um ensaio, disse que gostava de nos conhecer melhor (risos). Foi lá a um ensaio, gostamos todos, ela também gostou e, começou a ir com mais regularidade e foi ficando. Até hoje ainda está è experiência. (risos) E ficou, era aquilo que precisávamos, e pronto, é um bom complemento.

De que forma ela é vista pelos restantes elementos da banda?

…isso tem que perguntar aqui ao Miguel (risos)

Miguel – (risos) começa com o marido…(risos). Acho que é vista como mais um, não fazemos grande distinção, sinceramente. Há distinção de género.
Nunca houve nenhum preconceito?

Miguel – Não, tirando na brincadeira não, na brincadeira claro, a sério não. São seis votos iguais, quando é para votações ela conta como os outros. Só em questões de balnário, quando temos que nos equipar e isso é que é separados, de resto não há grandes diferenças, nem camrins, nem nada, é tudo sempre igual. Ela bebe como nós…(estou a brincar, estou a brincar)…(risos)

De que forma é que vocês pensam que o público vos vê, tendo um elemento feminino? Acham que ela se pode tornar protagonista na banda? Ela não canta sempre, não é?

Ana – Sempre! (risos)

Miguel – Mas há musicas que nós tocamos em que canta mais ela. Há músicas em que canta só ela.

E ela realça?

Ana – Realço mas não é por ser rapariga. (risos) Acho qe a grande vantagem, eu estou a falar, sou a mais interessada não é? Mas eu acho, pelo menos o que eu ouço, a grande vantagem é conseguir abranger um grupo maior de pessoas a gostar da música, segundo ou se torna “mais leve” (entre aspas).

Carlos Pardal – Já ouvi comentários negativos, há pessoal que não gosta.

Ana – Eu estou a falar doq eu eu ouvi.

Ricardo – Há sempre gente que gosta, há sempre gente que não gosta. Não só da voz, como da guitarra, do Pardal. (risos)

Davide SempeSiga (percussão) –Mas em termos de preponderância, acho que ela tem evoluído ao longo dos anos e cada vez mais assume uma posição de liderança.

O público que vos assiste é maioritariamente masculino ou feminino?


Pardal – Feminino, de longe (risos)

Miguel – Mentirosos (risos)…que mentirosos. Isso era o que eles queriam. O que se passa não é a mesma coisa.

Pardal – Resmas de gajas.

Miguel – Resmas, resmas (risos). Eu acho que é igual.

Ricardo – Depende do sítio. Acho que não há uma tendência.

Miguel – Não é muito visível se há maioria de um ou outro.

…acerca da experiência em palco.

Miguel – Pois…depois estivemos muito tempo parados. O pardal foi colocado longe. Há um ano e meio (voltaram).

Têm tido experiência em palco, de há um ano e meio para cá?

Miguel – na altura tivemos (há cinco anos). Na altura tocamos bastantes vezes. No Hard Club tocámos muitas vezes. Em muitos café do porto, na queima de Aveiro. Tocamos ema lguns sítios. Mas agora temos tocado, não com muita regularidade, mas já fizemos alguns concertos.

…preocupação com a imagem da banda.

Ricardo – Imagem? Como assim? (risos)

Ana – Eu sou a que tem mais.

Ricardo – Imagem. Se imagem é aquilo que vestimos, não há, pelo menos maioritariamente. A Ana é que se prepara mais. Nós, basicamente é aquilo que temos vestido. A nível de imagem, de presença em palco acho que é como cada um se sente melhor, não há nenhuma preocupação em especial.

Pardal – Não há nenhuma directriz.

Ricardo - …pelo conjunto da música e pelo espectáculo.

…hipótese da banda ter mais elementos femininos (exemplo: metade rapariga, metade rapazes)

Ana – Agora há um outro elemento feminino.

Pardal – Tínhamos que mandar dois embora por exemplo.

Ana – 50/50, tínhamos que mandar alguém embora, é um facto, mas se forem coisas novas por exemplo (risos). Mas vem outra rapariga gravar com a flauta, como já disse.
Mas, por exemplo, se aparecesse uma rapariga que tocasse acordeão, acho que não havia problema nenhum se é rapariga ou rapaz. Não há grande distinção por acaso.

Paulo Kito (baterista) – Interessa é o trabalho final.

Ana – Houve no início, o que é normal, um grupo de rapazes juntar-se.

Miguel – Mas agora havendo uma rapariga já é muito mais fácil assimilar mais raparigas.

Ana – Se fosse eu a ter a ideia, se calhar falava com outras raparigas. Isso é um bocado a pergunta anterior. A maior parte das pessoas que me diz que até gosta são raparigas também. Porque nenhum rapaz nunca me veio dizer, tu ficas bem nesta música. A maior parte são as raparigas.

Pardal– Porque ficam intimidados, se calhar.

Ana – Acho que se identificam mais. Acabaram por ter vantagens porque alargas as pessoas que te ouvem, mais para o público feminino e podes ter desvantagens, perdes rapazes, que se calhar te ouviriam se não tivesses o elemento feminino. Mas acho que hoje em dia não é tão relevante.

Pardal – Acho que as pessoas não ouvem música por ser um rapaz ou uma rapariga a tocar, e se gostam.

Miguel – No nosso caso, não notamos muito.

Ana – Nas raparigas acho que se nota muito mais, estão muito mais atentas se desafinas ou não. Numa rapariga está-se sempre à espera que esteja afinada e num rapaz se desafinar ninguém comenta. Mas isso até eu se calhar estou a ouvir uma rapariga a cantar e estou muito mais atenta do que se estiver a ouvir uma banda rock com um elemento masculino. Até se pressupõe que ele desafina e fica bem na mesma.

Ricardo – Mas se calhar é porque o grau de exigência para uma voz feminina é superior, não sei.

Paulo – Numa rapariga a expectativa é mais elevada.

Ana – Também tenta fazer outras coisas que os rapazes não tentam e ao tentar fazê-las acaba por sobressair um bocadinho, e desafinando.

Pardal – Esta conversa está a ficar muito sexista.

O facto de terem um elemento feminino na banda, poderá abrir ou fechar portas?

Davide – Já dissemos que é uma mais valia.

Ricardo – Acho que a única coisa que nos pode abrir ou fechar portas é a música. Agora, com a Ana, ou se não fosse a Ana, se fosse o Pardal a cantar. (risos)

Pardal – (risos) fechava portas e janelas. (risos)

Ana – É um bocado isso, eu não sou voz principal, se calhar se fosse, essa questão punha-se mais, neste caso não acho que se ponha. Mas ele (Miguel9 é que é a voz principal, o que canta mais, em quantidade.

Paulo – e qualidade.

Miguel – O nosso objectivo é que oda a gente cantasse no final. Já há uma música para fazer isso.

Six Fine_sala de ensaios 26 de Abril 2009 [video]



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