quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

_primeiras presenças femininas no rock_05

Nico, uma alemã, que se mudou para Nova Iorque decidida a ser actriz, inscreve-se na escola de Strassberg´s Method School, na qual foi colega de turma de Marilyn Monroe.
Mas em 1964, conhece o guitarrista dos Rolling Stones numa festa, que ficou impressionado com tom sexy e sombrio da sua voz, convencendo-a a cantar. “I´m not saying”, produzido por Jimmy Page foi o seu primeiro trabalho como cantora.
De volta a Paris, Nico conhece Bob Dylan, que impulsiona sua carreira como cantora, dando-lhe uma das mais belas rock-songs já feitas: "I'll Keep It Mine", gravada no seu disco de estreia, "Chelsea Girl".
(…)
Dylan também fez uma música em homenagem a Nico, chamada "Visions Of Johanna", que se encontra no seu clássico disco "Blonde On Blonde". De vota a Nova Iorque, Dylan apresenta-a ao artista plástico Andy Warhol.
Reza a lenda que a primeira coisa que Nico falou a Andy Warhol foi "eu quero cantar". Andy, diante do pedido, apresentou-a a seus protegidos, o Velvet Underground, até então uma banda de barzinhos. Nico ficou um ano a tocar com a banda, de bar em bar. Lou Reed fez especialmente pra ela clássicos do rock como "Femme Fatale", "All Tomorrow Parties" e "I'll Be Your Mirror", canções atormentadas que só poderiam ser cantadas pela voz misteriosa e desesperada de Nico.

Nico - I'm Not Sayin' (1965)

Nico - Femme Fatale



Link oficial: http://smironne.free.fr/NICO/
Mais info biográfica de Nico:
http://www.screamyell.com.br/musica/nico.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nico
link relacionado: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Velvet_Underground


bibliografia: http://www.screamyell.com.br/musica/nico.html

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

_primeiras presenças femininas no rock_04

...em 1975 surge a primeira banda rock totalmente feminina, The Runaways (Joan Jett, Cherie Currie, Lita Ford, Sandy West e Jackie Fox), vieram provar que as mulheres podem fazer bom rock, e tocam instrumentos tão bem como qualquer homem, até mesmo aqueles que eram de domínio masculino, como por exemplo a bateria.

A banda tornou-se famosa por ser composta apenas por mulheres que tocavam rock. Entre suas canções mais conhecidas estão "Cherry Bomb", "Queens of Noise" e "Born to be Bad". Na sua curta carreira (que durou até 1979), o grupo não ficou apenas nos Estados Unidos, mas fez digressão na Europa e também no Japão.

The Runaways - Cherry Bomb

The Runaways - Queens Of Noise



site oficial: http://www.therunaways.com/
mais info biográfica The Runaways: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Runaways

_primeiras presenças femininas no rock_03

...Suzi Quatro, pode-se dizer que foi a primeira roqueira com atitude e sonoridade verdadeiramente metálicas.

Suzi Quatro nasceu em 1950 na cidade de Detroit. Em 1964 formou a sua primeira banda que contou com a sua irmã na formação, "Suzi Soul And The Pleasure Seekers".

Em 1971, Suzi já era uma contrabaixista conceituada na cidade, e além de cantar e tocar muito bem, era deslumbrante...

O single “Can the Can” (1973) fez um enorme sucesso e tornou a musicista bastante conhecida no Reino Unido, "Devil Gate" e "48 Crash" também se tornaram sucessos.

Suzi Quatro - Can The Can (1973)



site oficial: http://www.suziquatro.com/
mais info biográfica de Suzi Quatro: http://whiplash.net/materias/biografias/039113-suziquatro.html

_primeiras presenças femininas no rock_02

...mais tarde surge Janis Joplin, que se tornou um ícone e um exemplo a seguir, integrando-se no cenário musical do rock como compositoras e intérpretes. Desta forma, o papel da mulher no rock começa a ser mais presente.

Janis Lynn Joplin (19 de Janeiro de 1943 -4 de Outubro de 1970), foi uma cantora americana de blues, influenciada pelo rock e pelo soul com uma voz marcante e que também chegou a compor. Joplin lançou quatro álbuns, desde 1967 até o lançamento póstumo em 1971.

Janis Joplin - Summertime (Live Gröna Lund 1969)

Janis Joplin - Cry Baby (live in toronto 1970)


site oficial: http://www.officialjanis.com/
mais info biográfica de Janis Joplin: http://pt.wikipedia.org/wiki/Janis_Joplin

_primeiras presenças femininas no rock_01

...segundo várias pesquisas feitas, o estlio de música rock terá nascido na década de 50 com Bill Halley...

Bill Haley - Rock Around The Clock (1956)


...mas, só na década seguinte é que se começa a revelar alguma presença feminina...

Joan Baez terá sido a mulher que se evidenciou como uma das primeiras, marcando historicamente a presença feminina na música rock.

Joan Chandos Baez (nasceu a 9 de janeiro de 1941 em Staten Island, Nova Iorque) é uma cantora norte americana de folk, conhecida por seu estilo vocal distinto e opiniões políticas apresentadas abertamente.

Joan Baez, cuja carreira começou em 1959 no "Newport Festival", onde se tornou a grande revelação com apenas 18 anos.
Com as suas regulares apresentações, Joan Baez tornou-se um fenómeno artístico, tornando-se em 1963 uma das cantoras femininas mais populares dos Estados Unidos.
Além do folk tradicional e canções de protesto, ajudou a promover Bob Dylan.


Bob Dylan & Joan Baez Blowing in the wind



site oficial: http://www.joanbaez.com/
mais info biográfica de Joan Baez: http://pt.wikipedia.org/wiki/Joan_Baez

domingo, 18 de janeiro de 2009

O papel da mulher na sociedade ao longo dos tempos

Introdução

Ao longo da História da Humanidade, a acção da mulher foi de algum modo negligenciado. Mas, nas últimas duas décadas o seu papel, sob o prisma de várias áreas de conhecimento tem sido frequentemente revisto.

Uma vez que a diferença do feminino não se resume a uma construção cultural, um tabu ou um preconceito herdado da tradição, mas assumindo um estatuto legal de diferença social e política institucionalizada a partir da Constituição de 1933. Esta diferença era difundida por práticas simbólicas que interpelavam e pretendiam consciencializar as mulheres portuguesas para a sua missão de mães-esposas, “fadas-do-lar”, reprodutoras da ideologia nacionalista e colonialista da “Casa Portuguesa”.

Emancipação da mulher…

Mas a sua emancipação radicou-se na Revolução Francesa e nos acontecimentos decorrentes com a proclamação dos princípios universais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, imortalizados simbolicamente pela imagem da mulher decidida e corajosa, disposta a saltar da tela, representada no quadro “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix, pintado em 1830.

Pouco depois, “a seguir à Revolução Industrial, muitas mulheres passam a exercer uma actividade laboral, embora a um nível remuneratório inferior à do homem. Lutando contra essa discriminação, algumas na viragem para o século XX, encetam outras formas de luta, ex. greves reivindicativas, tanto nos EUA como na Europa que vão levar à sua emancipação, drasticamente acentuada a seguir à última Grande Guerra."

A mulher artista…

Porém, mesmo perante este avanço, a mulher para se tornar artista necessita de superar uma condição cultural adversa, adquirindo espaços para o seu processo criativo além do seu destino biológico através da aprendizagem, trabalho e aperfeiçoamento, conquistando o saber-fazer, reapropriando-se da sua condição de sujeito.


[post em construção]

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Relatório II

Durante este período de tempo estou a centrar-me na elaboração teórica de todo o conteúdo, dando continuidade à pesquisa iniciada.
Após a conversa com o Anselmo Canha decidi assim abordar a questão feminina na música, tendo como objecto de estudo o Centro Comercial Stop.
Assim, numa abordagem geral levanto as seguintes questões:
- Onde estão as mulheres no meio musical?
- Que funções exercem e qual a sua importância perante o seu contexto social na sua época?
Foi realizada uma primeira visita ao espaço Centro Comercial Stop para uma primeira impressão, retirar algumas imagens, assim como conhecer algumas pessoas que frequentam o espaço.
Durante a pesquisa foram encontradas as seguintes bandas com elementos femininos que ensaiam no Stop:

- Bednoise – Daniela Moreira (vocalista)

- Dyabara – Ni, Vanessa e Charlotte (dançarinas)

- Emotional Firewall – Estrela (vocalista)

- Mandrágora - Filipa Santos (flautas, saxofone e gaita de foles)_sala 321

- Mantra Projekt - Maria (vocalista)

- Nanook – Little B (baterista)

- O projecto é grave – Marta Bernardes (vocalista)

- Slow Motion Beer Walk – Sofia Lopes (vocalista)_sala 125

- Variety Vier – todos os elementos femininos (Chiné_guitarra; Rupa_baixo; Pippa_bateria)_sala 116

- Y? – (vocalista)_sala 148

- Sticky Stones and the Broken Bones – Joana (vocalista)

- Mesa – Mónica (vocalista)_sala 207

Neste sentido, já com alguns contactos, irei iniciar o meu trabalho de campo. Assistir a ensaios das bandas acima referidas, entrevistá-las, fotografá-las, etc.

[Dezembro 2008]

O Feminino na Música _Sinopse de trabalho

Questão e Objectivo

“Como são vistas as mulheres nas bandas pop/rock, enquanto elementos criadores de música?”

Breve introdução

É natural ouvir-se dizer que existe uma inexistência, ou uma irrelevância da mulher no cenário da composição musical no meio da música rock.
Ao longo da História da Humanidade, o trabalho e a acção da mulher foram inferiorizados e de algum modo negligenciados, uma vez que estava obedientemente dependente sob a forma tutelar omnipresente do homem.
Assim, desde os tempos remotos, a ocupação da mulher resumia-se principalmente à sua função de mãe, dona de casa e conjugue.
No entanto, a partir da segunda metade do século XX, a mulher começa a ter algum destaque em diversas áreas, assim como na música pop/rock, mas mesmo assim, em número bem inferior aos homens.

“Qual o papel da mulher no pop/rock?”

A música tem a sua origem nos primórdios da civilização. A palavra música deriva da arte das musas tendo como referência a mitologia grega.
Ao longo dos tempos a música vai conquistando o seu espaço adquirindo novas ferramentas como o órgão nas igrejas, o alaúde, a chamarela, etc.
Na Idade Média surge uma mulher notável que se destaca no panorama musical, sendo considerada uma das compositoras mais importantes de todos os tempos: Hildegarda, natural de Bingen, uma monja beneditina alemã, mística, filósofa, visionária, escritora (escreve também sobre medicina natural, tratamentos de diversas doenças, alimentação, pedras preciosas, etc.) e compositora, conhecida como a Sibila do Reno.
Com o passar dos séculos, a mulher começa gradualmente a ter um papel mais participativo na música, sendo actualmente melhor aceite a nível social.

“Onde estão as mulheres na música pop/rock?”

“Como é que as mulheres e o feminino têm sido representados na música pop/rock?”


Assim, o meu objectivo será investigar qual o papel das mulheres nas bandas pop/rock e perceber de que forma estas são vistas pela sociedade num meio maioritariamente masculino.
Sabe-se que a música rock iniciou-se nos anos 50 com o rock n´roll de Bill Halley, mas só na década a seguir é que se começa a revelar a presença do sexo feminino.
Mas com a revolução sexual nos anos 70 e a ascendência da música folk em convergência com o rock, as mulheres como Joan Baez e posteriormente Janis Joplin, que se tornou um ícone e um exemplo a seguir, emancipando o papel da mulher no rock, integrando-se no cenário musical do rock como compositoras e intérpretes.

Universo de Estudo/Metodologia/Contexto de Estudo

Universo de Estudo

O meu universo de estudo irá centrar-se no Centro Comercial Stop, procurando investigar quais as bandas que lá ensaiam e que possuam elementos femininos (vocalistas, baixistas, bateristas…).

Metodologia (com?onde?com quê?)

Primeiro será feita uma pesquisa sobre as bandas que ensaiam no Stop com elementos femininos.
Segundo, elaborar entrevistas, acompanhar ensaios, acompanhar concertos, entrevistar público assistente nos concertos, questionando-os o que os leva aos concertos, qual o impacto da imagem da banda no público e qual a importância que a banda dá à sua imagem.
Terceiro, concretização de uma revista/fanzine para o Stop, de forma a divulgar os eventos realizados. Concretização de uma colectânea com uma música de cada banda estudada associando um dvd que consistirá num documentário de todo o acompanhamento processual de todo o estudo.
Contexto de Estudo
O contexto de estudo centra-se na questão do feminino na música, isto é, qual o papel da mulher na música pop/rock. Será realizada uma análise a várias bandas que ensaiam no Centro Comercial Stop e que possuam elementos femininos.

Calendário
Quando? Em quanto tempo?


Trabalho será desenvolvido durante o ano lectivo de 2008/2009.

1º -Recolha de informação, leitura e reflexão de textos, livros, etc. – De Julho a Dezembro 2008
2º-Trabalho de campo – acompanhamento de ensaios, concertos, entrevistas às bandas, etc. – De Janeiro a Abril de 2009.
3º- Elaboração do Relatório Final – De Abril a Junho de 2009
4º- Elaboração do Projecto prático – em paralelo com o trabalho de campo.


[Novembro 2008]

domingo, 4 de janeiro de 2009

Relatório I

Após ter passado por uma fase de indecisão acerca do tema de trabalho a desenvolver durante este ano, uma vez que o tema escolhido se tornava um pouco abrangente. Nesta primeira fase optei por reflectir e definir bem o tema a abordar.
Primeiro pensei em analisar a linguagem fotográfica de Annie Leibovitz e Rita Camo, estabelecendo uma comparação articulando assim com a minha linguagem fotográfica acerca do meu trabalho desenvolvido há já alguns anos. Mas, surge a questão: De que forma é que isto traz algo de contributivo? Pensei que para o meu trabalho sim, poderia ser contributivo, e para a sociedade?
Em conversa com a fotógrafa Rita Carmo, e questionando-a sobre a Annie Leibovitz, ela achou minimamente “estranha” esta comparação, até porque nunca foi influenciada/inspirada por Annie Leibovitz. Além disso, Annie já não fotografa música, há já bastantes anos que se dedicou à moda.
Não estando esta questão completamente excluída, talvez a englobe de uma forma sintética no trabalho, visualizei mais uma vez os trabalhos de Rita Carmo expostos online em http://www.ritacarmo.blogspot.com, deparei-me com um cartaz de uma exposição da mesma designada “15 Músicas”, expostas na Gulbenkian, surgiu assim a ideia de abordar uma análise da imagem feminina na música.
Ainda não muito bem definido, compareci no atendimento pessoal de orientação no passado dia 28 de Outubro de 2008 e em conversa com o orientador Heitor Alvelos, complementando a ideia: porque não contribuir para o desenvolvimento do Centro Comercial Stop enquanto espaço musical?
Assim, a ideia será procurar o feminino na música do Stop, por aconselhamento do professor, entrei em contacto com o ex-aluno Anselmo Canha, e neste momento encontro-me a procurar contactos de bandas com elementos femininos que ensaiam nas salas do Stop.
Numa primeira fase irei centrar-me na questão geral sobre a mulher na música, assim como numa perspectiva sociocultural. Qual o papel da mulher na música? Como é que isso é visto pelos homens músicos? Como é que isso é visto pelo público?
Portanto, encontro-me em fase de pesquisa/elaboração do objecto de estudo. Numa vertente prática, para além de uma sessão fotográfica surgiu a ideia de realizar uma revista sobre o Centro Comercial Stop, em que neste primeiro número será sobre o feminino no Stop e desta forma poderá ser um ponto de partida para outros números com diferentes temas em torno da música que se faz no Cento Comercial Stop.


[Novembro de 2008]