terça-feira, 14 de abril de 2009

Secrecy_entrevista_[4 de Abril de 2009]



[4 de Abril de 2009]

Verónica – Porquê um elemento feminino na banda?

Nuno (baixista) – Não havia mais nada! (risos). É um músico.

Lisa (teclista) – Foi um pouco ao acaso. O nosso antigo guitarrista, já tocou comigo e toca comigo O teclista tinha saído da banda e os Secrecy andavam à procura de um novo. E ele decidiu falar comigo. Portanto, acho que foi um bocado ao acaso. Ninguém estava a pensar em ter uma pessoa feminina na banda, um elemento feminino, digamos assim. Não foi planeado.

Roger (vocalista) – A ideia era ter um teclista. Na altura surgiu a ideia de a convidar, ela aceitou.

Verónica – De que forma é vista pelos restantes elementos da banda?
Nuno (baixista) – (risos) Algum mau feitio e tal. ( risos)

Nuno Gama (baterista) – (risos) Este elemento feminino é muito mau. (risos)

Nuno (baixista) – Temos uma excelente relação.

Bruno Monteiro (guitarrista) – Tanta gente na terra, tinha que calhar logo ela. (risos)

Lisa (teclista) – Olha, falem a sério, vocês não estão a responder a sério, agora a sério, vá.

Nuno (baixista) – Nós estamos a responder a sério mas com um sorriso na cara.

Bruno Monteiro (guitarrista) – Porque a Lisa é muito dotada, tem extrema técnica.

Nuno (baixista) – é competente…veio trazer uma coisa que é a voz feminina. Ela começou a cantar por acaso nas gravações.

Bruno Monteiro (guitarrista) – Revelou uma boa capacidade de adaptação.

…Acerca do protagonismo do elemento feminino.

Nuno (baixista) – isso é o que ela queria. (risos)

Lisa (teclista) – Não, não, não sou vocalista, sou teclista. (…) Nunca cantei. Cantei com Secrecy foi mesmo por acaso numa tentativa de experimentar, se ficava bem, se não ficava bem.

Bruno Monteiro (guitarrista) – Foi na tanga, foram todos cantar e calhou bem. (risos)

Nuno (baixista) – Foi engraçado, começou a fazer umas partes, começamos a experimentar a voz dela. Houve partes em que ficou realmente bem, e nós decidimos incluir no disco.

Lisa( teclista) – Mas é mesmo só umas vozes. É só para dar uma coisa diferente, trazer qualquer coisa diferente, não é para ser protagonista.

Verónica - Como é que o público vos vê tendo vocês um elemento feminino na banda?

Bruno Monteiro (guitarrista) – É assim, eu não sei, em relação ao público não sei, mas curto vê-la a dançar em cima do palco.

Nuno Gama (baterista) – E andamos a tentar que ela ande com menos roupa. (risos)

Nuno (baixista) – Mas por acaso trouxe uma vivacidade diferente, porque ela é toda energética, gosta de se mexer, às vezes até demais.

Acerca da pouca existência de mulheres neste estilo de música…

Nuno (baixista) – Vai havendo algumas, vai havendo algumas, em alguns projectos…mas há muitos homens, há muito mais homens.

Verónica – O público que vos assiste é maioritariamente feminino ou masculino?

Nuno (baixista) – Nos concertos que demos, tinha lá uns membros femininos muito interessantes até, e estavam em algum número por acaso. Mas eu acho que é fifty-fifty.

Verónica – O facto de terem um elemento feminino poderá abrir ou fechar portas?

Nuno (baixista) – Pelo desempenho, pelas ideias e pelo que estejamos a fazer no momento. Podemos estar a fazer, podemos estar aí numa corrente em que a voz feminina não se enquadra, mas vai sempre enquadrar em termos de teclista, mas em termos de vocalista, pode nem sempre se enquadrar na música que fazemos e não está em todas por causa disso.

Nuno Gama (baterista) – Se o Bob Rocks espera por algum tipo de favores sexuais para elevar a nossa carreira, ela é a única capaz de o fazer. (risos)

Bruno Monteiro (guitarrista) – Continuo a achar que de mini-saia chegávamos lá mais depressa.

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