quarta-feira, 1 de abril de 2009

Art Destruction_enstrevista



[25 de Março de 2009]

Verónica – Porquê um elemento feminino na banda?


VintageLemos – A cena aconteceu basicamente de um ponto de encontro, e felizmente foi a Pippa, neste caso não era o elemento determinante para se avançar, mas por se mais simpática. (risos)

PippaDrummer – O primeiro contacto foi com o Lemos, pelo myspace, depois trocamos números de telemóveis.


Verónica – De que forma é vista pelos restantes elementos da banda?


VintageLemos – Foi fantástico por duas razões, porque nós inicialmente tínhamos tido um projecto no qual queríamos ter um elemento feminino, no caso era uma vocalista e portanto, porque estávamos cheios de gajos. Isso pode ser um mau sinal em termos da masculinidade. (risos)
Mas é muito simpático porque torna um equilíbrio não normal, tendo em conta que habitualmente, ou pelo menos as nossas experiências têm sido só com gajos.

Verónica - …o facto de ser uma baterista, o protagonismo direcciona-se para ela, ou mantém-se no vocalista?


Rwy– Eu acho que isso acontece um bocado.


VintageLemos – Sim, o protagonismo dela, um é pelo facto de virmos de um universo em que não é habitual as mulheres estarem dentro de um espaço musical, ou pelo menos cá, não é habitual, portanto torna-se uma mais valia o facto de a Pippa ser um elemento que é a baterista, portanto é o centro.


Rwy – Não é muito comum haver bateristas (mulheres) em bandas. Vocalistas há mais, mas bateristas. Isso por si só dá um certo protagonismo para a baterista.

PippaDrummer– Mesmo as mulheres bateristas, porque as bateristas que existem tocam só com mulheres. Em Portugal não conheço nenhuma que esteja numa banda só com homens.
Lemos – É um bocado isso, é a banda da baterista, tendo em consideração uma mulher.

PippaDrummer – Não só.


VintageLemos – É isso, é um elemento. Se é um elemento feminino determinante.


Rwy – As pessoas falam: “- aquela banda, os Art Destruction, quem?, os tipos da baterista”.


VintageLemos – Curiosamente, no myspace é maioritariamente feminino, mas penso que tem a ver com uma mais valia de salvaguarda do myspace, isso é a minha opinião. Mas agora, nas três apresentações que fizemos penso que seria um público misto.


PippaDrummer– É misto.


Verónica – O facto de terem um elemento feminino, poderão abrir ou fechar portas?


VintageLemos – Na minha opinião, espero que não seja por isso, espero que não seja por termos um elemento feminino que a banda tenha alguma projecção. Espero que seja por ser uma banda. Mas na minha opinião não gostava que a referência feminina fosse pelo facto de se vender uma determinada ideia, ou seja, que essa ideia não fosse vendável por essa circunstância, gostava que fosse interessante, que fosse olhado da mesma forma que são olhadas as três pessoas que fazem parte da banda. Agora, como é evidente, se houvessem gajos todos atrás dela, isso não há nada a fazer (risos), agora, que não fosse determinante, eu gostava que isso não acontecesse.

PippaDrummer – Embora tenha algumas pessoas que vão, gostam da música, mas vão lá mais para me ver, aquela curiosidade de ver uma mulher na bateria, como é que é, como é que não é, muita gente tem aquela curiosidade. Atrás do myspace ficam com uma ideia, mas depois querem ver na prática e depois o salto alto também…é uma imagem de marca. Há pessoas que vêm mesmo só para me ver.

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